Mais de 4 milhões de integrantes da Geração Z não estão na escola ou trabalhando nos Estados Unidos. No Reino Unido, 100 mil jovens se juntaram ao grupo dos chamados NEETs. Mas não é uma preguiça geracional a culpada. Especialistas estão atacando os “diplomas inúteis” e um sistema que “não está cumprindo sua promessa de preparar os jovens para o mundo do trabalho”.
Milhões de jovens estão fora do sistema escolar e de trabalho nos Estados Unidos e Reino Unido
A crise mundial desencadeada pela pandemia de Covid-19 exacerbou o problema dos jovens que estão fora do sistema escolar e de trabalho nos Estados Unidos e Reino Unido. De acordo com um estudo recente, mais de 4 milhões de jovens da Geração Z, formada por pessoas nascidas entre 1997 e 2012, não estão matriculados em nenhuma escola ou empregados nos Estados Unidos. Já no Reino Unido, cerca de 100 mil jovens se juntaram ao grupo conhecido como NEETs (Not in Education, Employment, or Training, em inglês), que se refere àqueles que não estão estudando, trabalhando ou recebendo treinamento profissional.
Porém, os especialistas enfatizam que essa tendência não é reflexo de preguiça ou desinteresse dos jovens. Ao contrário, eles apontam para os “diplomas inúteis” e um sistema educacional que não está preparando adequadamente os jovens para ingressar no mercado de trabalho. Muitos jovens estão optando por não continuar seus estudos ou não procurar emprego, porque não veem perspectivas futuras de sucesso.
Uma pesquisa realizada pela McKinsey & Company revelou que muitos jovens que estão fora do sistema escolar e de trabalho possuem diplomas universitários, mas não conseguem encontrar empregos que correspondam às suas áreas de estudo. Muitas vezes, eles acabam assumindo empregos de baixa qualificação e mal remunerados.
“O sistema educacional não está cumprindo sua promessa de preparar os jovens para o mundo do trabalho. Os diplomas universitários não são mais garantia de sucesso profissional”, afirmou um especialista da área.
Especialista em educação
Outro fator que contribui para a exclusão dos jovens é a falta de oportunidades no mercado de trabalho. A crise econômica causada pela pandemia tornou o cenário ainda mais desafiador, com muitas empresas fechando e reduzindo as contratações.
Para combater esse problema, especialistas enfatizam a importância de uma reforma educacional que priorize a aquisição de habilidades práticas e competências relevantes para o mercado de trabalho. Além disso, é necessário investir em programas de orientação profissional e estágios que proporcionem aos jovens a oportunidade de adquirir experiência e construir redes de contatos.
- Reforma educacional que priorize habilidades práticas e competências relevantes.
- Investimento em programas de orientação profissional.
- Oportunidades de estágio para adquirir experiência.
- Construção de redes de contatos.
É fundamental que tanto as instituições educacionais quanto as empresas trabalhem juntas para garantir que os jovens estejam preparados e tenham sucesso no mercado de trabalho. Somente assim será possível reverter a tendência preocupante de exclusão e falta de perspectivas entre os jovens.