Os preços do petróleo sofreram uma queda significativa nesta sexta-feira (17), fechando em seu nível mais baixo em quase 15 meses. O motivo para esse declínio está relacionado à persistente crise bancária, que gera temores de uma desaceleração do crédito e da economia.
Brent e WTI registram baixas expressivas
O barril do Brent do Mar do Norte para entrega em maio teve uma queda de 2,31%, encerrando a 72,97 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) americano para entrega em abril cedeu 2,35%, a 66,74 dólares. Ambas as variedades de referência do mercado atingiram níveis não vistos desde dezembro de 2021.
Turbulências bancárias e ajuste monetário pressionam preços
Segundo Edward Moya, analista da Oanda, os preços estão sendo pressionados pelas turbulências bancárias e pelo medo de que o ajuste monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) afete negativamente a economia americana. Caso haja desaceleração econômica, a demanda por petróleo cairá, conforme enfatizou Mark Waggoner, da Excel Futures.
Petróleo como indicador avançado da economia
Desde o início do choque que atingiu os bancos americanos há uma semana, o petróleo, frequentemente considerado um indicador avançado da economia, tem sido um dos ativos mais afetados. Autoridades de países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) sugerem que o cartel não tomará medidas a curto prazo para tentar frear a queda dos preços.
Estratégia do governo dos EUA e perspectivas futuras
No momento, o governo dos EUA se comprometeu a comprar petróleo no mercado se o WTI caísse abaixo de 67 dólares o barril. Porém, parece estar tentando ganhar tempo. Para Mark Waggoner, os preços estão próximos do fundo. Ele acredita que a demanda se recuperará com a chegada da primavera e o retorno das refinarias, muitas das quais estavam em fase de manutenção. Com isso, espera-se que as reservas de petróleo comecem a diminuir.
Queda nos preços do petróleo e o futuro incerto
A queda nos preços do petróleo, impulsionada pela crise bancária e temores quanto à desaceleração econômica, causa preocupação no mercado global. Embora algumas autoridades acreditem na recuperação da demanda com a chegada da primavera e o retorno das refinarias, o cenário ainda é incerto. Fica evidente que o mercado de petróleo é altamente sensível às turbulências econômicas e incertezas políticas, tornando-o um desafio para investidores e países produtores.