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A queda contínua dos núcleos da inflação — fator que desconsidera choques temporários — abre espaço para que o Banco Central (BC) antecipe o corte dos juros para agosto, afirmou a CIO do Bradesco, Juliana Laham, nesta quarta-feira (7). Antes, a expectativa era de início das reduções em setembro.
A mudança na perspectiva foi divulgada após o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerar para 0,23% em maio, ante avanço de 0,61% no mês anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados nesta manhã.
No acumulado de 12 meses, o indicador oficial da inflação cedeu para alta de 3,94%, dentro da meta perseguida pelo BC de 3,25% em 2023 — com margem para variar entre 1,75% e 4,75%.
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Isolando o núcleo, Laham ressalta que a variação de preços desacelerou para 6,72% em maio, contra 7,31% em abril, o 12º mês consecutivo de perda de fôlego.
“Aparentemente, esses dados, a inflação de longo prazo implícita nas curvas cedendo, começamos a ter espaço para antecipar esse movimento [de corte de juros]. As grandes apostas do mercado, após a divulgação desse número, estão ancoradas em agosto”, afirmou a especialista em entrevista ao CNN Mercado.
A revisão de projeções e expectativas para a Selic e a inflação ocorre em linha com a avaliação de especialistas ouvidos pela CNN.
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O banco mantém a projeção de que a Selic encerre 2023 em 12,25% ao ano. Desde agosto do ano passado, o BC estacionou os juros em 13,75%, apesar das constantes críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de parte dos economistas.