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O diretor de transição energética e sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, disse que a companhia vai investir R$ 3 bilhões para elevar a produção de diesel vegetal. Segundo o executivo, o diesel considerado renovável tem 5% a 7% de seu conteúdo formado por óleos vegetais.
“A refinaria do Paraná, a Repar, já produz o diesel vegetal. Agora vamos começar também em Duque de Caxias [Reduc], e em Cubatão”, disse em evento da Coppe/UFRJ. “Em Cubatão, a produção vai ser 100% desse diesel vegetal. É uma revolução.”
O diretor explicou que um dos grandes desafios globais é fazer com que os combustíveis utilizados em logística de transportes marítimo e aéreo sejam menos poluentes. Segundo ele, a Petrobras tem investido para encontrar uma solução para isso, e que o hidrogênio verde é um dos caminhos.
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“Estamos em uma série de ações para investir em energia renovável, precisamos disso para produzir esse hidrogênio verde. Estamos buscando parcerias com outras empresas, no Brasil e fora, para parques eólicos e solares. Ainda precisamos de um marco regulatório bem estabelecido no Brasil para melhorar isso.”
Tolmasquim reforçou que uma das diretrizes para o plano estratégico da Petrobras para 2024-2028 é investir de 6% a 15% do capex em iniciativas de baixo carbono e, por isso, a estatal tem buscado projetos de energias renováveis.
Ontem, durante um painel no evento Brazil Energy Summit, a gerente de mercados de carbono da Petrobras, Maria Izabel Ramos, disse que a companhia estuda tornar a atividade de captura de carbono em um novo negócio da companhia. Segundo Ramos, a estatal já realiza essa prática em suas próprias instalações há 10 anos e agora pensa em vender esse serviço.
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“Estamos começando a olhar isso como um negócio. Já que fazemos essa captura em nossas próprias instalações, podemos também oferecer esse serviço para outras indústrias que já estejam nesse caminho e podem precisar”, explicou.
“Estamos comprometidos com essa tecnologia que pode ser um vetor de diversificação rentável. Será que pode ser um novo negócio para a Petrobras? Estamos estudando.”
De acordo com a especialista, a Petrobras reinjetou 10 milhões de toneladas de gás carbônico em seus campos em 2022, o que representa 25% de todo o volume de captura de carbono do mundo.
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“A Petrobras já tem essa expertise, conhecemos as particularidades, como esse gás interage com os dutos em termos de corrosividade. Agora começamos a olhar como um negócio.”
Ramos diz que a petroleira ainda busca entender como o projeto pode ser aproveitado economicamente, enfrentando desafios de preço e custo. “Precisamos ver quanto os clientes vão querer pagar para capturarmos esse carbono deles. O custo dessa tecnologia ainda é caro. Mas lembramos que tecnologias eólica e solar precisaram de incentivos para começar a serem utilizadas.”
“Continuamos como uma empresa de óleo e gás, mas cada vez com mais sustentabilidade econômica e ambiental. Já começamos a olhar para eólicas offshore, por exemplo, que pode ser uma possibilidade de unir nossa expertise offshore com a geração eólica.”