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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, oscila nesta quarta-feira (26), após ter atingido o maior patamar em quase dois anos na véspera. O movimento vinha mesmo após a agência de classificação de risco Fitch Ratings ter elevado a nota de crédito do Brasil.
Investidores ainda repercutem a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), além de balanços corporativos domésticos e no exterior.
Às 16h, o índice tinha queda de 0,04%, aos 121.958 pontos.
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Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 0,94%, aos 121.342 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular altas de:
- 1,49% na semana;
- 3,32% no mês;
- 11,18% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O grande evento da semana para o mercado financeiro foi a decisão de política monetária do Federal Reserve na tarde desta quarta-feira, que elevou o patamar de juros dos EUA para a maior taxa em 22 anos.
O Fed correspondeu à expectativa do mercado de um novo aumento da taxa básica norte-americana de 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 5,25% a 5,50%.
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Apesar de ter feito uma pausa na subida de juros em sua última reunião, a autarquia já havia sinalizado que novas altas seriam necessárias para controlar a inflação norte-americana, que arrefeceu, mas permanece acima da meta de 2%.
Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Fed, informou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica dos EUA vem crescendo em ritmo moderado. A nota reforça que os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses, enquanto a taxa de desemprego permaneceu baixa e a inflação segue elevada.
“Ao determinar a extensão do endurecimento adicional da política que pode ser apropriada para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, os atrasos com os quais a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os fatores econômicos e financeiros”, disse.
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O Comitê também destacou que continuará monitorando as implicações das perspectivas econômicas e que, caso surjam riscos que possam impedir o alcance de suas metas, estará “preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado”.
O chair do Fed, Jerome Powell, disse em coletiva de imprensa que é possível que o banco central norte-americano siga a alta dos juros desta quarta-feira com outra elevação da taxa na reunião de política monetária agendada para setembro.
“É certamente possível que elevemos a taxa de juros na reunião de setembro se os dados justificarem, e eu também diria que é possível que decidamos nos manter estáveis nessa reunião” se for isso que os dados pedem, disse Powell. Ele observou que o Fed tomará decisões sobre a política monetária reunião a reunião.
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Powell disse que uma ampla gama de dados será considerada pelo Fed ao deliberar sobre a política monetária.
No mercado doméstico, as atenções estavam para a nova elevação da nota de crédito brasileira pela agência de classificação de risco Fitch Ratings, de BB- para BB, com perspectiva estável. O país havia sido rebaixado para o patamar BB- em 2018, em meio à crise nas contas públicas e pela não aprovação, na época, da reforma da Previdência no governo de Michel Temer.
“A atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”, diz o comunicado da Fitch.
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A nova classificação ainda indica um “grau especulativo” — o que, segundo as agências de risco, aponta que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.
A agência, contudo, indica que o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais desde seu último rebaixamento. São citadas, em específico, a reforma da Previdência e a autonomia do Banco Central, aprovadas pelo governo de Jair Bolsonaro, além do arcabouço fiscal e a reforma tributária, já no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
O relatório pondera ainda que, apesar de Lula defender “um afastamento da agenda econômica liberal dos governos anteriores”, a agência espera que desvios sejam contidos pelo “pragmatismo e pelos freios e contrapesos institucionais”.
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Balanços corporativos domésticos e internacionais também seguem no radar.