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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta segunda-feira, acompanhando o desempenho positivos dos mercados internacionais. A reforma tributária, que deve ser votada na Câmara dos Deputados nos próximos dias, também fica no radar.
Às 12h44, o índice subia 1,29%, aos 119.609 pontos.
No mesmo horário, as ações da Vale, empresa com maior peso na composição do Ibovespa, subiam mais de 3%. Outras mineradoras e siderúrgicas também vivem um dia positivo e lideram as altas da B3, acompanhando a valorização do minério de ferro no exterior, com as expectativas de novos estímulos econômicos na China – o principal demandante pela commodity.
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Na última sexta-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 0,25%, aos 118.0,7 pontos, mas encerrou o mês com seu 4° melhor desempenho histórico. Com o resultado, o índice acumulou:
- queda de 0,75% na semana;
- alta de 9% no mês;
- alta de 7,61% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
As atenções do mercado estão voltadas principalmente ao andamento da proposta da reforma tributária.
Arthur Lira afirmou que “de sexta não passa” a votação da reforma na Câmara e ainda disse que os deputados estão abertos ao diálogo, quando questionado sobre a resistência de governadores e prefeitos ao ponto do projeto que estabelece um conselho para gerir a divisão do tributo que vai substituir o ICMS e o ISS (impostos de alçada estadual e municipal).
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“Eu tenho que me colocar no lugar do governador de São Paulo, do prefeito do Rio, de todos que estão preocupados com perdas”, comentou. O presidente da Câmara pontuou que não há ponto no texto que não possa ser mudado e que o governo também precisa compreender que a melhor reforma a ser aprovada é a “reforma possível”.
A reforma tributária é uma das prioridades do primeiro ano do governo Lula. A ideia é que esta primeira etapa da reforma:
- modernize a cobrança dos impostos sobre o consumo;
- diminua a burocracia para as empresas;
- facilite o recolhimento dos tributos;
- encerre distorções do atual modelo, que geram custos para produtores e consumidores.
Além da reforma, outras pautas econômicas também devem estar nas pautas da Câmara nos próximos dias, com destaque para os projetos do Carf e o projeto do novo arcabouço fiscal, que voltou do Senado.
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Ainda no cenário doméstico, o último Boletim Focus – relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores econômicos – mostra que o mercado financeiro projeta uma inflação de 4,98% até o fim de 2023, contra expectativa de 5,06% na última semana.
Essa já é a sétima semana consecutiva de queda nas projeções, mas elas ainda apontam para uma inflação acima da meta do BC – de 3,25%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.
As expectativas também caíram para a Selic, taxa básica de juros. Agora, os economistas projetam uma taxa Selic em 12% até o fim do ano, contra 12,25% anteriormente.
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No exterior, dados da China e da Europa mostram uma desaceleração econômica.
No país asiático, o PMI Industrial do Caixim (um indicador que consulta 650 empresas industriais para sondar a a percepção sobre a economia) caiu de 50,9 em maio para 50,5 em junho. No entanto, os mercados naquele continente fecharam em alta, com a expectativa de que o banco central chinês ofereça estímulos econômicos para reaquecer a atividade.
Já na zona do euro, o PMI da indústria caiu para 43,4, em relação aos 44,8 de maio, o nível mais baixo desde que a pandemia de Covid se consolidava no mundo. O resultado ficou abaixo da leitura preliminar de 43,6 e mais longe da marca de 50 que separa crescimento de contração.
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Nos Estados Unidos, investidores aguardam a divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que pode trazer sinalizações sobre o rumo das taxas de juros no país, e dados de desemprego nos próximos dias.