- Advertisement -
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse durante participação no programa “Bom Dia, Ministro”, desta quarta-feira (2), que a expectativa do governo é que o programa Desenrola Brasil renegocie R$ 50 bilhões em dívidas bancárias até o final do ano .
“Se tem uma coisa que é verdade no Brasil é que as pessoas têm muito apreço por manter o seu nome, mas, com essas taxas de juros, nem sempre conseguem”, afirmou o ministro.
Para ele, às vezes as pessoas entram num crediário, num crédito rotativo do cartão de crédito e não consegue sair. “O governo, pela primeira vez, está fazendo um amplo programa para equacionar esse problema e permitir às famílias que voltem ao consumo de maneira sustentável”, ressaltou.
- Advertisement -
O ministro falou ainda sobre os próximos passos do programa, que visa a renegociação das dívidas no varejo, fora do sistema bancário. “Vamos, agora no mês de agosto, fazer um leilão dos credores. O que significa isso? O credor que der o maior desconto, vai ter a sua dívida garantida pelo Tesouro Nacional.”
Mas Haddad pontuou que não faz sentido o Tesouro Nacional dar um aval e uma garantia de 100% de recebimento pelo credor se, em contrapartida, não exigir dele um grande desconto que beneficiar o devedor.
“O que nós queremos é usar a força do Estado para beneficiar a parte mais frágil dessa relação. Então, você pode aguardar que, em setembro, a segunda fase do Desenrola vai estar em operação plena com as dívidas não bancárias.”
- Advertisement -
Em duas semanas do programa Desenrola Brasil, o volume financeiro de renegociação de dívidas atingiu a marca de R$ 2,5 bilhões, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgados nesta segunda-feira (31).
O montante representa aumento de quatro vezes ao registrado durante a primeira semana de operação.
Foram mais de 400 mil contratos de dívidas negociados daqueles que pertencem à Faixa II, que engloba pessoas com renda igual ou inferior a R$ 20 mil.
- Advertisement -
Durante o período, cerca de 3,5 milhões de pessoas com dívidas de até R$ 100 nas instituições financeiras tiveram seus nomes desnegativados.
Veja quem pode sair da lista de negativados
Podem ficar com o “nome limpo” aqueles que têm dívidas de até R$ 100 com bancos que tenham aderido ao Desenrola.
Por exemplo, Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa confirmaram a participação no programa.
- Advertisement -
A primeira etapa do Desenrola contempla também pessoas com renda mensal igual ou inferior a R$ 20 mil, organizadas na Faixa II.
O atendimento a este grupo é destinado para renegociação de dívidas bancárias de qualquer valor.
As dívidas poderão ser pagas em até 12 parcelas.
- Advertisement -
Para renegociar suas dívidas, os devedores precisarão entrar em contato diretamente com os bancos, seja presencialmente ou por canais da própria instituição.
O aplicativo do programa ainda não poderá ser utilizado para negociações.
Com o intuito de não estimular novas dívidas, o governo anunciou que só serão contempladas no programa dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022.
- Advertisement -
Nesta primeira etapa, o Ministério da Fazenda projeta que serão beneficiadas cerca de 30 milhões de pessoas.
Segunda fase
O programa entra com força total a partir de setembro.
Além do lançamento do aplicativo, o Desenrola Brasil passará a contemplar também os devedores da Faixa I.
- Advertisement -
O governo estima que, no total, o programa pode atender até 70 milhões de pessoas.
Na Faixa I serão atendidas pessoas inadimplentes que possuam renda mensal de até dois salários mínimos – R$ 2.640 – ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Poderão ser negociadas dívidas de até R$ 5 mil, incluindo passivos com setor de serviços, como contas de luz e dívidas com varejo.
- Advertisement -
Para participar dessa etapa do programa, é necessário que o devedor tenha cadastro no gov.br, plataforma do governo destinada para acessar serviços públicos digitais.
O registro pode ser realizado diretamente no portal do Governo Federal.