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Embora tenha mencionado a Eletrobras, o governo não informou a empresa que detém a linha de transmissão cuja sobrecarga causou o apagão desta terça-feira (15).
A interrupção no fornecimento de energia, que afetou 25 estados e o Distrito Federal, foi causada por sobrecarga numa linha de transmissão no Ceará simultânea a outro “evento” não identificado.
Privatizada desde 2022, a Eletrobras detém cerca de um terço da capacidade de geração de energia do Brasil e mais de 73,8 mil quilômetros de linhas de transmissão. Pode ser que o problema desta terça tenha acontecido na rede mantida por outra empresa, e não pela Eletrobras.
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Segundo dados da companhia, em setembro de 2022, a Eletrobras detinha 152 empreendimentos, com receita anual de R$ 738,5 milhões.
As linhas de transmissão e subestações de energia estão localizadas nos seguintes estados:
- Rio Grande do Norte
- Ceará
- Piauí
- Alagoas
- Paraíba
- Bahia
- Pernambuco
- Maranhão
- Pará
- Tocantins
- Rio de Janeiro
- Minas Gerais
- São Paulo
- Santa Catarina
- Paraná
- Rio Grande do Sul
O sistema elétrico é segmentado da seguinte forma:
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- geração (criação da energia nas usinas)
- transmissão (transporte da energia das usinas até as estações)
- distribuição (essa etapa leva a energia das estações até os consumidores)
Portanto, além da Eletrobras, várias outras empresas prestam os serviços de geração, transmissão e distribuição de energia no país.
A transmissão conecta as usinas geradoras de energia aos centros de consumo. Já a distribuição é mais capilarizada, atendendo a determinadas áreas e estados, com conexão em alta, média ou baixa tensão.
O incidente que causou o apagão desta terça ocorreu no sistema de transmissão –composta por linhas em alta tensão, subestações de energia e demais equipamentos, que compõem o Sistema Interligado Nacional.
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A transmissão é concedida pelo governo a empresas por meio de leilões. Significa que as transmissoras podem construir linhas e subestações, sendo remuneradas por tarifas aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Os contratos costumam ter vigência de 30 anos.
O ministro de Minas e Energia disse que seria “leviano” afirmar que há uma relação direta entre o apagão e a privatização da Eletrobras. Contudo, não negou que a linha possa ser de sua operação.
“Falar o nome de uma empresa, num momento em que sequer se pode afirmar com segurança o que aconteceu (…), aí seria leviano, inclusive se for da Eletrobras. A Chesf, por exemplo, é do sistema Eletrobras”, declarou.
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Mais cedo, a primeira-dama Janja da Silva havia publicado em uma rede social a seguinte frase: “A Eletrobras foi privatizada em 2022. Era só esse o tuíte.”