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Durante uma operação de três dias em Goiás, 212 trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão, atuando em lavouras e alojamentos precários. A maioria dos trabalhadores resgatados veio do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte. O auditor-fiscal do trabalho Roberto Mendes afirmou que eles foram “arregimentados de forma regular” no Nordeste, mas transportados clandestinamente para Goiás.
A empresa SS e suas responsabilidades
A empresa SS, responsável pela contratação dos trabalhadores, declarou que todos os fatos serão esclarecidos ao longo do processo. Já a usina BP Bunge Bioenergia, onde parte dos trabalhadores atuava de forma terceirizada, afirmou que tomou conhecimento da situação irregular e que repudia e não compactua com condições degradantes para os trabalhadores.
Irregularidades encontradas pela fiscalização
O Ministério do Trabalho identificou diversas irregularidades, como a cobrança de aluguel pelos barracos usados como alojamentos, a falta de fornecimento de alimentação e a cobrança pelo fornecimento de ferramentas de trabalho. Além disso, não havia instalações sanitárias adequadas, equipamentos de proteção ou medidas de segurança na aplicação de agrotóxicos.
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Os trabalhadores viviam em 30 alojamentos precários, sem chuveiros e com condições insalubres, como paredes sujas e mofadas, goteiras e falta de ventilação adequada.
Pagamento de indenizações e verbas rescisórias
Após serem notificadas, as empresas assumiram a responsabilidade pelos trabalhadores resgatados e concordaram em realizar os pagamentos das verbas rescisórias e indenizações por danos morais. O valor total a ser pago é de R$ 3.855.000. Os trabalhadores começaram a receber as indenizações em 17 de março.