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O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) assumirĂĄ na manhĂŁ desta terça-feira (4) a presidĂȘncia rotativa do Mercosul â formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A liderança vai ser transferida durante a 62ÂȘ reuniĂŁo dos chefes de Estado do bloco, em Puerto IguazĂș, na Argentina.
Pelas regras do Mercosul, criado em 1991, os quatro paĂses titulares se revezam na presidĂȘncia do bloco com mandatos que duram seis meses.
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AlĂ©m desses paĂses, tambĂ©m existem os chamados Estados associados ao bloco, entre os quais ColĂŽmbia, BolĂvia e Chile.
A Venezuela compĂ”e o Mercosul, mas o paĂs estĂĄ suspenso desde 2017. O governo brasileiro tem defendido que o paĂs volte a integrar o grupo.
A reuniĂŁo desta terça encerra o mandato do governo argentino, que decidiu realizar a cĂșpula na regiĂŁo da trĂplice fronteira com Brasil (Foz do Iguaçu) e Paraguai (Cidade do Leste).
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Neste segundo semestre de 2023, o Brasil também vai comandar o G20 (grupo das principais economias do mundo) e o Conselho de Segurança das NaçÔes Unidas.
Confira a seguir os desafios de Lula Ă frente do Mercosul:
- acordo com UniĂŁo Europeia
- acordo China-Uruguai
- e participação da Venezuela
Uma das prioridades de Lula no semestre em que coordenarå o Mercosul é a conclusão do acordo comercial com a União Europeia.
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Negociado desde 1999, o acordo teve a parte comercial finalizada em 2019 e estĂĄ em fase de revisĂŁo pelos paĂses dos dois blocos.
Neste ano, a UniĂŁo Europeia apresentou um documento adicional ao Mercosul, que prevĂȘ sançÔes em questĂ”es ambientais. O teor do documento foi chamado por Lula de “ameaça”.
O governo brasileiro tem preparado uma contraproposta aos termos exigidos pelos europeus.
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Durante a campanha eleitoral de 2022, o entĂŁo candidato e agora presidente Lula se comprometeu a finalizar as tratativas entre os blocos.
Em junho, durante visita a BrasĂlia, a presidente da ComissĂŁo Europeia, Ursula Von der Leyen, defendeu conclusĂŁo do acordo este ano.
China
Lula terå de lidar à frente do Mercosul com o desejo do presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, de fechar um acordo bilateral com a China.
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O governo argentino se manifestou em mais uma oportunidade contra o acordo entre os dois paĂses, a fim de assegurar que os paĂses do bloco sĂł firmem acordos em grupo.
A expectativa é de que Lula mantenha a posição argentina, e incentive a necessidade de ampliar a integração dentro do Mercosul.
Venezuela
Com a participação suspensa desde 2017, a Venezuela também deve ser alvo da liderança do Brasil no bloco.
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O Brasil deseja que o paĂs volte a integrar o grupo, mas o tema nĂŁo deve ser tratado na reuniĂŁo desta terça-feira.
Lula reestabeleceu as relaçÔes do Brasil com a Venezuela, recebeu NicolĂĄs Maduro em BrasĂlia e foi criticado por dizer que o presidente do paĂs vizinho Ă© alvo de “narrativas”.
Agenda
Antes da cĂșpula do Mercosul, Lula farĂĄ Ă s 8h30, de um hotel, o programa ‘Conversa com o presidente’, transmitido ao vivo nas redes sociais do governo. Em seguida, a agenda do petista prevĂȘ:
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- 10h: cumprimentos aos chefes de delegação da cĂșpula de chefes de Estado do Mercosul
- 10h30: sessĂŁo plenĂĄria de chefes de Estado do Mercosul
- 13h: fotografia oficial da cĂșpula do Mercosul
- 13h30: almoço oferecido pelo presidente da Argentina, Alberto Fernåndez, para chefes de delegação
Lula tambĂ©m aproveitarĂĄ a reuniĂŁo na regiĂŁo de trĂplice fronteira para cumprir agenda Ă tarde em Foz do Iguaçu (PR).
O presidente e o diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, Enio Verri, vão anunciar a retomada das obras do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
Segundo o governo, Itaipu investirĂĄ R$ 600 milhĂ”es para concluir as obras do campus, um projeto assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O prazo de terminar o empreendimento Ă© de trĂȘs anos