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O programa Desenrola Brasil começa a valer nesta segunda-feira (17) e um de seus itens prevê que os bancos retirem da lista de negativados pessoas que tenham dívida de até R$ 100.
Isso não significa, no entanto, que haverá perdão da dívida: o débito de R$ 100 continuará existindo nas contas do devedor, mas ele poderá voltar ter acesso a crédito.
Nesse caso, a instituição financeira pode ainda cobrar esse valor, além de continuar sujeito a cobrança de impostos, juros e seguros, por exemplo.
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Além disso, mesmo com o programa possibilitando a retomada de acesso a crédito, não quitar a dívida sinaliza ao mercado financeiro que o consumidor é devedor.
O mercado de crédito, observando isso, se fecha e pode aumentar mais ainda o aumento de juros, o que restringe o acesso a empréstimos, cartões ou financiamentos.
Veja quem pode sair da lista de negativados
Podem ficar com o “nome limpo” aqueles que têm dívidas de até R$ 100 com bancos que tenham aderido ao Desenrola.
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Por exemplo, Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e Caixa confirmaram a participação no programa.
A primeira etapa do Desenrola contempla também pessoas com renda mensal igual ou inferior a R$ 20 mil. O atendimento a este grupo é destinado para renegociação de dívidas bancárias de qualquer valor.
As dívidas poderão ser pagas em até 12 parcelas.
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Para renegociar suas dívidas, os devedores precisarão entrar em contato diretamente com os bancos, seja presencialmente ou por canais da própria instituição. O aplicativo do programa ainda não poderá ser utilizado para negociações.
Com o intuito de não estimular novas dívidas, o governo anunciou que só serão contempladas no programa dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022.
Nesta primeira etapa, a Fazenda projeta que serão beneficiadas cerca de 30 milhões de pessoas na Faixa II.
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Segunda fase
O programa entra com força total a partir de setembro.
Além do lançamento do aplicativo, o Desenrola Brasil passará a contemplar também os devedores da Faixa I. O governo estima que, no total, o programa pode atender até 70 milhões de pessoas.
Na Faixa I serão atendidas pessoas inadimplentes que possuam renda mensal de até dois salários mínimos – R$ 2.640 – ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
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Poderão ser negociadas dívidas de até R$ 5 mil, incluindo passivos com setor de serviços, como contas de luz e dívidas com varejo.
Para participar dessa etapa do programa, é necessário que o devedor tenha cadastro no GOV.BR, plataforma do governo destinada para acessar serviços públicos digitais.
O registro pode ser realizado diretamente no portal do Governo Federal.