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O presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu a adoção de um meio de pagamento único para o comércio entre os países que compõem os Brics, o grupo dos maiores países em desenvolvimento.
Os líderes dos cinco países do bloco estão reunidos em Joanesburgo, na África do Sul, para discutir, entre outros assuntos, como diminuir a dependência do dólar norte-americano em suas operações de importação e exportação.
Entre as opções possíveis, estão a adoção de uma moeda única pelo bloco, a intensificação do uso das moedas locais nas transações comerciais ou algum outro tipo de mecanismo que elimine o dólar.
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Alban, que está liderando a delegação de empresários brasileiros que acompanham a cúpula, disse que a possibilidade de uma moeda comum é “bastante polêmica e questionável”.
Ele defendeu, no entanto, que os líderes poderiam “discutir como construir um meio de pagamento único” nessas relações de comércio exterior entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Alban lembrou que em tempos “mais promissores” o Brasil e a Argentina adotaram o chamado Convênio de Créditos Recíprocos (CRC), uma espécie de câmara de compensação de pagamentos, no comércio bilateral.
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Ele disse que isso seria “muito proveitoso” para estimular um aumento do comércio intra-bloco.Alban discutiu o assunto com Dilma Rousseff, a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado banco dos Brics, que vem defendendo mais empréstimos em moedas locais dentro do bloco.
Nesta terça-feira (22), o futuro presidente da CNI também conversou sobre política industrial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A CNI afirma que existe uma janela de oportunidade para o crescimento de uma indústria mais sustentável no país.