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A movimentação aquaviária no Brasil bateu um recorde histórico no primeiro semestre deste ano.
Os portos públicos e privados do país movimentaram 616 milhões de toneladas no período — um crescimento de 2,4% em relação ao volume movimentado entre janeiro e junho de 2021 que, até então, registrava o melhor desempenho para a primeira metade de um ano (601,4 milhões de toneladas).
Em comparação ao ano mesmo período do ano passado (579,1 milhões de toneladas), o desempenho desta vez é 6,38% superior.
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Os dados foram obtidos com exclusividade pelo g1 e GloboNews e serão divulgados nesta quarta-feira à noite, pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em evento do setor.
Neste ano, o destaque ficou com os meses de março e maio, que registraram um avanço de 11,7% e 11%, respectivamente, na comparação com os mesmos meses do ano anterior.
Segundo a Antaq, as commodities foram responsáveis por impulsionar o resultado expressivo do semestre. A maior quantidade movimentada, por produto, foi a de minério de ferro, com 172,8 milhões de toneladas — alta de 6,73%.
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Em seguida veio o óleo bruto de petróleo, com 103,7 milhões de toneladas movimentadas nos portos e um avanço de 13,28%.
Na sequência, os destaques vieram da agricultura. Os percentuais mais expressivos foram da soja, com movimento de 87,8 milhões de toneladas (+21,6%) e do milho, com 13,28 milhões de toneladas (+40,7%).
Exportações
De janeiro a junho deste ano, 349,2 milhões de toneladas foram enviadas para o exterior pelos portos brasileiros — número que representa uma elevação de 9,4% em relação ao mesmo período de 2022.
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Os granéis representaram quase 90% das exportações, sendo 79% como granel sólido e 10% granel líquido.
O Brasil ainda exportou 2,5 milhões de toneladas de carnes de aves congeladas em contêineres pelos portos no primeiro semestre de 2023, um crescimento de 9% na mesma base de comparação.
Na separação por regiões, os portos do sul concentraram 89% destas exportações, com 2,2 milhões de toneladas. Só o porto de Paranaguá, no Paraná, enviou 1,2 milhão de toneladas de carnes de aves a outros países.
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Navegação
A navegação de longo curso movimentou 427,3 milhões de toneladas em 2023, com um crescimento de 7,02% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A cabotagem cresceu 1,36% entre janeiro e junho, e movimentou 142,1 milhões de toneladas, enquanto a navegação interior teve crescimento 18,76% na mesma relação, com movimentação de 45,1 milhões de toneladas.
Portos Públicos x Privados
Os portos públicos movimentaram aproximadamente 213,35 milhões de toneladas, um aumento de 4% em comparação ao mesmo período do ano passado.
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O porto de Santos foi o mais movimentado, com 63,3 milhões de toneladas — alta de 1,1% na mesma relação.
Na sequência, vieram os portos de Paranaguá (PR) e Itaguaí (RJ), com 27,4 milhões de toneladas e 24,6 milhões de toneladas movimentadas, respectivamente.
Em percentuais, os registros são um aumento de 6,4% e 7,75%, nesta ordem, quando comparados ao mesmo período do ano passado.
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Já os Terminais de Uso Privado (TUPs) registraram 402,7 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2023, um aumento de 7,67% em comparação ao igual período do ano passado.
Entre os portos privados
O destaque entre os portos privados foi o terminal de petróleo Tpet/Toil, localizado no Porto do Açu, no norte do estado do Rio de Janeiro, com um crescimento de 99% em movimentação de cargas (26,9 milhões de toneladas).
O destino mais comum do óleo bruto de petróleo extraído da região, a bacia sedimentar de Santos, é a China, com 77% dos embarques.
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Outro destaque privado é o Terminal de Tubarão, em Vitória no Espírito Santo, que movimentou mais de 36,5 milhões de toneladas, um desempenho 16,14% superior ao similar período de 2022.
Em entrevista à GloboNews, o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, explicou que o melhor desempenho dos portos privados está diretamente relacionado a investimentos, destacando que o maior desafio para melhorar o desempenho das commodities brasileiras é fazê-las chegar aos portos com custos reduzidos.
“Para que os portos públicos possam competir com os privados, é necessário que haja capacidade de investimentos e gestão profissional, para que [os portos] tenham uma capacidade ofertada cada vez maior e para que eles possam operar com custos logísticos menores […] e um frete mais competitivo. Nossas commodities vão se tornar mais atrativas para o comércio exterior e nossos produtos também vão se tornar mais atrativos para o consumidor”, afirmou.