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O Itamaraty espera receber até o início da semana que vem a posição dos países do Mercosul sobre a contraproposta elaborada pelo Brasil para o acordo comercial do bloco com a União Europeia.
Em julho, o Brasil finalizou os debates internos entre ministérios sobre o documento de resposta aos europeus.
O processo, segundo fontes do governo brasileiro, levou mais tempo do que o previsto devido a impasses envolvendo interesses de diferentes pastas.
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No dia 14, o presidente Lula deu o “ok” ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o documento foi enviado aos demais membros do Mercosul: Argentina, Uruguai e Paraguai.
Com a sinalização, portanto, de todos os países do Mercosul, a proposta de resposta da negociação deve ser enviada para os europeus ainda em agosto.
O Brasil ocupa a presidência temporária do Mercosul e vai liderar as negociações do acordo comercial, travadas há quatro anos. Do lado da União Europeia, a Espanha liderará o debate.
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O que diz a contraproposta
Negociado há mais de duas décadas, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia teve a parte comercial do texto concluída em 2019, porém as regras ainda não entraram em vigor porque não foram aprovadas pelos países dos dois blocos.
O texto negociado permite que empresas europeias disputem licitações abertas pelo setor público em condições de igualdade com as empresas brasileiras, com exceções para determinados produtos.
O documento elaborado pelo lado brasileiro aborda questões ambientais levantadas pelos europeus, mas também sugere uma renegociação sobre o ponto que trata de uma maior abertura aos países estrangeiros para participarem de licitações públicas no Brasil.
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Outro ponto do texto diz respeito às chamadas “compras governamentais”, com um trecho que protege mais a indústria nacional em alguns campos, como por exemplo as compras de insumos pra área da saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).