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Em reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) alertou para as importações, pelo Brasil, de leite em pó, que considera “excessivas”.
Na conversa com o titular da pasta da Agricultura, que ocorreu ontem, a CNA relatou que, de janeiro a julho deste ano, o País importou 161 mil toneladas de lácteos, alta de 158% em relação a igual período do ano passado, cita nota da confederação. “O volume total equivale a 1,2 bilhão de litros de leite que deixaram de ser captados no Brasil, aumento de 268% ante 2022, consolidando, assim, o maior volume da história para o período”, reforça a CNA na nota.
Comparando-se, porém, com a produção total de leite inspecionado no Brasil apurada em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 23,85 bilhões de litros, o volume importado até agora representa apenas 0,5% do total de leite captado no País no ano passado.
Ainda na nota da CNA, o aumento na importação de leite em pó “traz impactos negativos na competitividade e afeta todos os produtores rurais, principalmente porque alguns países aplicam subsídios diretos à produção, o que traz distorções ao mercado e torna a concorrência desleal com os produtores do Brasil”, defende a entidade, na nota.
Ainda conforme a CNA, o Ministério da Agricultura se comprometeu a adotar medidas já nas próximas semanas. “O ministro disse que atuará de maneira consistente para rever a situação das importações e em prol de nossos produtores”, disse a CNA, na nota.
