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A produção brasileira de carnes deve atingir o recorde de 29,6 milhões de toneladas neste ano, estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no relatório mensal AgroConab. O volume inclui as previsões para produção de carne de frango, suína e bovina.
As exportações das proteínas brasileiras também tendem a alcançar o recorde, ultrapassando 9 milhões de toneladas, prevê a Conab. A oferta interna também deve subir, em torno de 2,4%, para 20,44 milhões de toneladas. “O aumento na quantidade de carnes produzidas no País é um dos fatores que sustenta a tendência de queda nos preços ao consumidor”, disse o presidente da companhia, Edegar Pretto, em nota sobre o relatório.
O maior crescimento na produção doméstica deve ser puxado pela produção de carne suína, que pode avançar 2,7% na comparação anual, para 5,32 milhões de toneladas.
“O volume é o maior registrado no País”, destacou a Conab. As exportações de carne suína tendem a aumentar 10,1%, para 1,22 milhão de toneladas, enquanto a oferta interna deve subir 0,6%, para 4,12 milhões de toneladas. “As vendas externas têm crescido, ao mesmo tempo em que há uma redução na dependência do mercado chinês, o que demonstra que o Brasil tem conquistado novos mercados. Se em 2020 mais de 50% da carne suína exportada teve a China como destino, neste ano, considerando o primeiro semestre, esse porcentual caiu para 37%”, observou o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello. Em contrapartida, Hong Kong, Filipinas, Chile e Cingapura têm aumentado a fatia na importação da proteína brasileira.
De carne bovina, o País deve produzir 9,065 milhões de toneladas, alta anual de 4,5%, em virtude do ciclo pecuário altista. Já as exportações tendem a recuar 3,3% ante o ano passado, para 2,917 milhões de toneladas, em meio aos embarques mais lentos do início do ano. A oferta doméstica da carne vermelha tende a encerrar o ano em volume 8,6% superior ao de 2022, a 6,23 milhões de toneladas.
Para a carne de frango, a Conab projeta produção de 15,21 milhões de toneladas, incremento anual de 2,9%, a segunda maior da série. As exportações do produto devem aumentar 10,2%, para 5,127 milhões de toneladas, também recorde, estima a companhia.
“O mercado interno ainda ofertado, pressionando os preços para baixo, mesmo com boa demanda, que tende a se manter firme. As exportações seguem em bons patamares, contudo, recentes notícias já indicam possíveis embargos internacionais, em virtude da Influenza Aviária, tais como embargo japonês ao estado de Santa Catarina”, pontuou Rabello.
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Segundo a Conab, a boa produção e os registros de gripe aviária em países da Europa, Japão e Estados Unidos aumentam a demanda pela carne brasileira.
A produção de ovos também deve bater recorde, chegando a 40 milhões de unidades de ovos para consumo neste ano. “A produção é recorde se considerarmos a expectativa do ano, mas é um volume bem próximo ao registrado em 2022. O alto custo de produção nos últimos anos fez muitos avicultores descartarem as matrizes de postura. Isso permite que em alguns momentos, o aumento na oferta ocorra em uma velocidade diferente do incremento na demanda possibilitando maiores oscilações de preços”, observou o analista da Conab.
