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As operadoras de telecomunicações ficaram de fora da lista de atividades empresariais beneficiadas com alíquotas reduzidas, conforme o texto da reforma tributária que foi aprovado em primeira votação na Câmara dos Deputados.
A redução da alíquota para as empresas de internet era um pleito da Conexis Brasil Digital (sindicato que reúne Vivo, TIM, Claro, Oi, Algar e Sercomtel) e da TelComp (que representa, principalmente, as operadoras regionais de banda larga).
As representantes das empresas pediam uma alíquota mais baixa sob o argumento de que as telecomunicações têm um papel importante, pois a internet é um serviço básico e fundamental para as atividades dos setores de comércio, indústria, serviços e agronegócios, além da educação e conectividade da população em geral.
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Aliás, durante a pandemia, o setor foi considerado um serviço essencial, o que lhe garantiu o direito de ter a alíquota do ICMS reduzida por um período determinado, assim como as áreas de energia elétrica, combustíveis, gás natural e transporte coletivo.
As representantes das operadoras levaram esses pleitos ao relator da proposta na Câmara, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e para outros parlamentares, mas não foram atendidas.
Texto da reforma
O texto aprovado na Câmara estabelece que haverá uma alíquota única, como regra geral, e uma alíquota reduzida. O Ministério da Fazenda sinalizou que a alíquota única, válida para todos os setores (inclusive telecomunicações), deve ser 25%, mas isso só será definido mais adiante, por meio de lei complementar.
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Já a alíquota reduzida terá desconto de 60% sobre a alíquota base e valerá para nove grupos de produtos e serviços, como educação, saúde, transporte coletivo, insumos e produtos agropecuários, produções culturais e jornalísticas, entre outros.
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O presidente da Telcomp, Luiz Henrique Barbosa, disse que a reforma é um copo de água que pode ser visto como meio cheio ou meio vazio.
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“Ficamos de alguma forma decepcionados por estar fora dos setores com alíquotas diferenciadas. Isso causou surpresa”, contou. “Mas ainda tem jogo a ser jogado”, acrescentou, referindo-se às discussões que agora serão levadas para o Senado.
Ele comentou que, no momento, também pairam incertezas sobre o setor de telecomunicações e sobre outras atividades empresariais porque ninguém sabe qual será a alíquota base, que depende de lei complementar. Houve sinalização de alas do governo de que essa alíquota seria de 25%, mas isso ainda não foi confirmado.
Pelo lado positivo, Barbosa destacou que a reforma contribuirá para simplificar o pagamento dos impostos. “Sempre apoiamos a reforma, porque ela traz simplificação no recolhimento de tributos, e isso gera redução de custos”, disse.
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Ele comentou que há operadoras multinacionais em que o departamento financeiro tem menos de 10 funcionários em países vizinhos da América Latina, enquanto no Brasil chega a 40. “O custo de arrecadação sempre foi alto no Brasil, com impostos federais, estaduais, municipais, obrigações acessórias e diferentes sistemas de cobrança. O modelo da reforma, que simplifica tudo, a gente apoia.Vai ser muito bom”.