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A Elicit Plant anunciou recentemente a aceleração de sua base de desenvolvimento científico e de seu portfólio de produtos, apresentando uma única plataforma tecnológica que oferece biossoluções para ajudar a prevenir os riscos climáticos para as culturas agrícolas, reduzindo seu consumo de água em até 20%. Por ocasião de sua participação no ChangeNOW Summit, um evento que mostra soluções para o planeta, a empresa apresentou a EliTerra, sua plataforma tecnológica e portfólio que permite que as culturas se adaptem às mudanças climáticas, especialmente à seca.
Trata-se de uma novidade mundial que impulsiona a disponibilização de novas biosoluções da Elicit Plant, apresentando um perfil ambiental favorável, após o sucesso de seu primeiro produto, o BEST-a, que permite que o milho consuma até 20% menos recursos hídricos. “Esse tipo de solução é particularmente esperado pelo setor agrícola em nível global, no contexto da mudança climática”, acrescenta Francesc Llaurado, da Lainco Agro, agrônomo especialista na bacia do Mediterrâneo. “Como espanhol, sou particularmente afetado pelo que está acontecendo não somente em meu país, mas em todo o setor agrícola global, que deve considerar a adaptação de práticas agrícolas à transição agroecológica e a melhor preservação de recursos e rendimentos com a rápida adoção de soluções inovadoras para neutralizar o impacto das mudanças climáticas, especialmente em culturas de campo”, observa.
A plataforma de tecnologia EliTerra é o resultado da pesquisa da Elicit Plant sobre fitoesteróis, que demonstrou que esses esteróis vegetais são essenciais para a resistência ao estresse em cultivos extensivos (milho, trigo, soja, etc.). O processo de descoberta e validação pelos laboratórios da Elicit Plant e seus parceiros científicos permitiu a identificação de novas formulações, que são compostas por diferentes fitoesteróis para combater de forma específica e eficaz o impacto das mudanças climáticas em várias culturas importantes. O novo portfólio será anunciado em vários países, principalmente na Europa, Brasil e na América do Norte, onde os pedidos de autorização de comercialização estão em andamento.
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Benoit Poinssot, professor pesquisador da UMR Agroecology (INRAE, Universidade de Burgundy, Institut Agro Dijon), explica que não existe um, mas muitos fitoesteróis. “Na natureza, há mais de 200 deles, sendo que cada um é específico para um determinado estresse e para uma espécie específica. Portanto, os fitoesteróis não são uma solução genérica universal, e seu nível de desempenho nas culturas não depende somente de sua diversidade, mas também de sua combinação e, é claro, da formulação. A plataforma EliTerra oferece, portanto, um potencial muito significativo para o desenvolvimento de produtos”, ressalta.
Essas soluções naturais e sustentáveis fazem parte da dinâmica de ajudar a agricultura a enfrentar o desafio de alimentar uma população mundial crescente, apesar dos efeitos das mudanças climáticas. Philippe Merle, diretor da Divisão de Agricultura da cooperativa Océalia (Nova Aquitânia/França), diz que “o impacto das mudanças climáticas sobre os cultivos extensivos é fortemente percebido por nossos associados e o bom desempenho do BEST-a Maize incentivou uma adoção muito rápida em nosso território, com mais de 30% de nossas áreas tratadas no segundo ano de utilização, contra o estresse hídrico com esse produto. Em 2023, estamos testando dois novos protótipos da Pataforma EliTerra® em trigo, cevada e soja, com o objetivo de comercializá-los na próxima temporada, e temos grandes ambições para esses novos produtos”, acrescenta.
Os fitoesteróis são lipídios vegetais extraídos das plantas. Enquanto os animais sintetizam apenas o colesterol, as plantas produzem um grande número deles, que também são componentes das membranas celulares. Essas moléculas fazem parte do metabolismo primário dos organismos vivos e, portanto, são essenciais para sua sobrevivência. Sua presença nas membranas desempenha um papel central na regulação de sua fluidez e, portanto, de sua permeabilidade. É por meio desses mecanismos que as moléculas “sinalizadoras” transportam informações para estimular o crescimento da planta e/ou uma resposta adaptada das plantas às mudanças das condições ambientais.
