10 maiores empresas de alimentos faturam US$ 523 bi

Na 20ª edição da lista Forbes Global 2000, as maiores empresas de alimentos do mundo em 2023 mostram que a crescente inflação manteve o crescimento da indústria de alimentos e bebidas ao redor do mundo. As 10 maiores empresas de alimentos faturam US$ 523 bilhões (R$ 2,563 trilhões na cotação atual), com lucro de US$ 47,8 bilhões (R$ 234,2 Bilhões). Mas, estendendo a lista para as 25 principais empresas do setor, a receita no último ano vai a US$ 1,8 trilhão (R$ 8,9 trilhões), enquanto os lucros ultrapassaram a marca de US$ 160 bilhões (R$ 788 bilhões).

A Nestlé é a maior empresa de alimentos do mundo – título que o conglomerado com sede na Suíça mantém há mais de uma década. Nesta edição da lista Forbes Global 2000, das maiores empresas de capital aberto públicas do mundo, a líder no setor de alimentos e bebidas alcançou uma receita de US$ 98 bilhões (R$ 482,5 bilhões) em vendas. A Nestlé opera um grande negócio de água engarrafada e é proprietária da marca de café Nespresso, além de produtos congelados como Hot Pockets, Stouffer’s e DiGiorno.

O maior mercado para a Nestlé são os Estados Unidos, onde possui 62 fábricas. No Brasil desde 1875, são 20 unidades, com a primeira construída em 1921. O lucro líquido global da Nestlé no ano passado ultrapassou US$ 9,7 bilhões (R$ 48 bilhões). Essa é uma das principais métricas que a Forbes utiliza todos os anos para analisar empresas como parte da lista Forbes Global 2000.  Na lista geral, a Nestlé ficou em 50º lugar, caindo do 46º lugar. Na primeira lista Forbes Global 2000, publicada em 2003, a Nestlé era a segunda maior empresa de alimentos e ocupava o 31º lugar na lista geral.

A Nestlé foi brevemente destronada pela Anheuser-Busch InBev em 2018, mas se recuperou em seguida, mantendo o título de maior empresa de alimentos por mais de uma década. Este ano, a AB InBev ficou em segundo lugar, com um faturamento de US$ 57 bilhões (R$ 280,6 bilhões) em vendas anuais, um aumento de US$ 3 bilhões em relação ao ano anterior, quando clubes e bares se recuperaram dos fechamentos causados pela pandemia.

A Pepsi, que brigou com a AB InBev pela segunda e terceira posições nos últimos anos, caiu para o terceiro lugar neste ano, embora a receita tenha aumentado US$ 8 bilhões, chegando a um total de US$ 88 bilhões (R$ 433 bilhões). A AB InBev possui mais ativos e teve um aumento maior nos lucros, o que ajudou o conglomerado de cerveja a superar a Pepsi na classificação deste ano.

Completando a lista estão outras grandes empresas de alimentos, incluindo Danone, General Mills, Mondelez, Tyson Foods, JBS e Kraft-Heinz. Um dos quatro fatores considerados na classificação Forbes Global 2000 é o valor de mercado. Como setor, as principais empresas de alimentos controlam US$ 3,7 trilhões (R$ 18,2 trilhões) do mercado, um aumento de quase 3% no último ano, em comparação com o aumento de mais de 4% do S&P 500 no mesmo período.

Esse desempenho foi impulsionado pela inflação e pelos aumentos de preços repassados aos consumidores pelas empresas. O melhor desempenho do grupo foi da Nestlé. O pior desempenho foi da empresa brasileira Marfrig, que é dona da National Beef, sediada em Kansas City, Missouri, à medida que o mercado de carne bovina dos EUA diminuiu.

Como é feito o ranking Global 2000
O Global 2000 classifica as maiores empresas do mundo usando quatro métricas: vendas, lucros, ativos e valor de mercado. Como grupo, as empresas da lista de 2023 somam US$ 50,8 trilhões (R$ 250 trilhões) em vendas, US$ 4,4 trilhões (R$ 21,6 trilhões) em lucros, US$ 231 trilhões (R$ 1,137 quatrilhão) em ativos e US$ 74 trilhões (R$ 364,3 trilhões) em valor de mercado.

Os lucros, ativos e valor de mercado cumulativos estão um pouco abaixo em relação ao ano passado, embora seja a primeira vez que a receita total ultrapassa US$ 50 trilhões (R$ 246,1 trilhões). Há 58 países representados pelas empresas de capital aberto na lista. Os Estados Unidos lideram com 611 empresas no ranking, seguidos pela China com 346 empresas do Global 2000.

A Forbes utilizou os dados financeiros mais recentes dos últimos 12 meses disponíveis até 5 de maio de 2023 para calcular os fatores utilizados em nossa classificação.